A praia de Ponta Negra, em Natal, voltou a ficar alagada nesta semana, não por causa da chuva, mas devido à maré alta provocada pela Superlua e intensificada por ventos fortes. A água do mar avançou até o Morro do Careca, derrubando uma cerca no local e atingindo a faixa de areia recentemente ampliada, o que prejudicou comerciantes e banhistas.
Segundo a Prefeitura, o fenômeno é natural e esperado, especialmente entre agosto e outubro, quando a praia passa por processo de “emagrecimento” da faixa de areia. O secretário de Meio Ambiente, Thiago Mesquita, explicou que a área próxima ao Morro do Careca é mais vulnerável e que o episódio não está ligado a drenagem ou esgoto, mas sim à dinâmica costeira natural.
Tanto ele quanto a secretária de Infraestrutura, Shirley Cavalcanti, destacaram que a obra de engorda (aterro hidráulico) foi decisiva para evitar danos mais graves, como os registrados em 2024, quando marés altas destruíram hotéis, calçadão e dissipadores de drenagem. Hoje, mesmo com a maré mais forte do ano, o aterro conteve a força do mar e protegeu a estrutura urbana.
O engenheiro Gualter Sá Júnior, da Seinfra, reforçou que o avanço do mar foi previsto no projeto e associado à maré de sizígia (maior diferença entre níveis do mar), comum em períodos de Lua cheia. Ele lembrou que, antes da obra, o pé do Morro do Careca já sofria erosão severa, situação controlada com a nova estrutura.
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