O Rio Grande do Norte tem hoje mais de 33 mil pessoas na fila por cirurgias eletivas no SUS, número 22% maior que em 2023. Apesar de avanços — cerca de 90 mil procedimentos realizados em 2024 — a demanda segue reprimida e se renova constantemente. As filas mais críticas são para cirurgias vasculares e urológicas, ligadas muitas vezes a complicações do diabetes. Entre os procedimentos mais solicitados estão tratamento de varizes, remoção de tumores de pele, colecistectomia e hernioplastia.
Segundo a Sesap, a regulação é dificultada por falta de exames, profissionais especializados e hospitais habilitados. Parte das cirurgias ainda depende de decisões judiciais. O orçamento passou de R$ 54 milhões em 2024 para R$ 64,8 milhões previstos em 2025, mas gestores apontam que só mais recursos não bastam: é preciso fortalecer a atenção primária, reorganizar fluxos entre estado e municípios e realizar mutirões. Sem essas medidas, a fila seguirá estável, afetando tanto cirurgias complexas quanto procedimentos simples.
Foto: Elisa Elsie
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