Em assembleia realizada no Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed RN), os médicos de Natal decidiram paralisar os atendimentos nesta terça-feira (15), em protesto contra as precárias condições de trabalho nas unidades de saúde da capital e a estagnação das negociações salariais com a Prefeitura.
Durante a reunião, os profissionais relataram problemas como a situação crítica da rede de saúde mental, falta de medicamentos, equipamentos deteriorados, vazamentos em períodos de chuva, e um caso grave em que gestantes precisam usar escadas ou macas devido a elevador quebrado na maternidade. Também foram denunciadas superlotações nas UPAs e a ausência de leitos complementares e UTIs, com pacientes esperando até um mês por vagas.
O Sinmed, que realizou visitas técnicas e confirmou a deterioração de unidades como o Hospital dos Pescadores e a Policlínica Zeca Passos, também critica a falta de avanço nas negociações salariais. Desde maio, os médicos tentam negociar o descongelamento das gratificações, sem reajuste há mais de sete anos. A proposta de recomposição salarial apresentada pelo sindicato incluiu alternativas para reajuste integral ou dividido entre gratificações e salário base, mas não obteve retorno da gestão municipal.
Segundo o presidente do Sinmed RN, Geraldo Ferreira, a categoria esperou o fim das festas juninas, conforme pedido do secretário de Saúde, mas segue sem resposta. Diante do silêncio da Prefeitura, os médicos decidiram pela paralisação no dia 15, com concentração às 8h na sede do sindicato e uma carreata com paradas em frente à Prefeitura de Natal e à Secretaria Municipal de Saúde.
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