Os motoristas de ônibus de Natal confirmaram que entrarão em greve por tempo indeterminado a partir desta quarta-feira (4). Com a paralisação, apenas 30% da frota de transporte coletivo deve circular na cidade.

Mesmo com o anúncio da greve, as negociações entre trabalhadores e empresários seguem em andamento, na tentativa de chegar a um acordo e evitar a interrupção dos serviços.

A decisão de iniciar a paralisação foi tomada após uma reunião frustrada entre as partes nesta terça-feira (3). Nos últimos dias, três rodadas de negociação foram realizadas na Superintendência do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em Natal, sem sucesso.

O indicativo de greve já havia sido aprovado em 16 de maio, mas a categoria vinha adiando a paralisação diante das tratativas em curso.

Os motoristas, representados pelo Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários (Sintro), exigem um reajuste salarial de 6,2%, além de correções imediatas no vale-alimentação e no plano de saúde.

Do outro lado, os empresários do setor, representados pelo Seturn, propuseram a reposição da inflação em 2025 (5,53%, com base no período de maio de 2024 a abril de 2025) e um novo reajuste em 2026, a ser definido conforme o IPCA dos meses seguintes. Também ofereceram um aumento de 15,5% no plano de saúde e de 30% no vale-alimentação, dividido em quatro parcelas, além do pagamento da renovação da CNH dos motoristas.

A proposta teria validade de dois anos, mas foi rejeitada pela categoria, que insiste em um aumento real nos salários e no reajuste imediato dos benefícios.