Os motoristas de ônibus de Natal iniciaram uma greve na manhã desta quarta-feira (4), causando impactos em todas as regiões da capital potiguar. Com a redução no número de veículos em circulação, passageiros enfrentaram longas esperas e paradas lotadas.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários, embora a categoria tenha aceitado a proposta dos empresários para o reajuste salarial, as negociações foram travadas por conta de um impasse em relação ao vale-alimentação. Os trabalhadores reivindicam o aumento do benefício para R$ 500, com reajuste para R$ 550 a partir de dezembro, o que não foi atendido.
Após o início da paralisação, o Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região determinou que 70% da frota de ônibus deveria continuar operando. No entanto, nem o sindicato nem a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU) divulgaram oficialmente o percentual de veículos que estavam em circulação no começo da manhã. A STTU informou apenas que aproximadamente 240 ônibus foram colocados nas ruas.
O presidente do sindicato, Júnior Rodoviário, criticou a falta de clareza da prefeitura quanto ao número total de veículos operando na cidade, o que, segundo ele, dificulta a fiscalização do cumprimento da decisão judicial.
“O que está sendo cumprido é o direito líquido e certo de greve, garantido pela Constituição. Não vamos obrigar nenhum grevista a trabalhar. Os que não aderirem, não serão impedidos, mas o direito de quem decidiu parar está assegurado. As linhas semiurbanas estão operando com 100% da frota e atendem parte da demanda urbana”, afirmou.
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