O turismo do Rio Grande do Norte faturou R$ 655 milhões entre janeiro e maio de 2025, um aumento de 7,5% em relação aos R$ 609 milhões no mesmo período de 2024. O estado teve o terceiro melhor desempenho do Nordeste, atrás da Bahia (12,5%) e do Ceará (9,4%). No Brasil, o setor acumulou R$ 90,4 bilhões, o maior valor da série histórica iniciada em 2012, segundo levantamento da Fecomércio-SP com base em dados do IBGE.

Em maio, o faturamento do turismo potiguar foi de R$ 106,4 milhões, alta de 4,1% em comparação com maio de 2024 (R$ 102,3 milhões), ocupando o sexto lugar no Nordeste em crescimento no mês. O resultado é atribuído a investimentos e ações promocionais bem-sucedidas, segundo representantes do setor.

Marcelo Queiroz, da Fecomércio-RN, destacou que os segmentos de alimentação, hospedagem e agências de viagem têm liderado o crescimento, impulsionados pela maior movimentação turística e pela recuperação econômica local.

George Costa, da Câmara Empresarial do Turismo da Fecomércio-RN, atribuiu o desempenho ao esforço conjunto do Governo do Estado, Prefeitura de Natal e setor privado, incluindo negociações para aumento da frequência de voos e boa estrutura hoteleira e gastronômica. Ele também destacou o aproveitamento do aumento da demanda nacional e internacional, especialmente da Argentina, com destaque para Natal e Pipa.

Nayara Santana, diretora de Marketing da Emprotur, ressaltou que estudos de mercado e campanhas direcionadas têm sido decisivos para atrair mais turistas, com a meta de ampliar a competitividade do RN nacional e internacionalmente. Ela apontou ainda a importância de investimentos em infraestrutura, segurança e valorização do patrimônio natural e cultural.

Antônio Neto, da Abav-RN, afirmou que o momento é positivo, com maior movimentação de visitantes e atuação profissionalizada das agências. Ele defendeu a continuidade dos investimentos públicos, citando a Rota do Sol como ponto crítico.

Edmar Gadelha, da ABIH-RN, compartilha do otimismo, acreditando na manutenção e aceleração do crescimento, desde que haja integração entre setor público e privado, com foco em promoção turística, infraestrutura e conectividade. Para ele, os números refletem o esforço coletivo da cadeia turística e reforçam a confiança no destino RN.

Imagem: Adriano Abreu